
A explicação!
Estamos numa secção de armários nova iorquinos. Não daqueles de onde saem pessoas, mas daqueles onde as pessoas arrumam as coisas que não cabem em casa.
Os apartamentos aqui são do tipo T (-1) (isto nas situações mais confortáveis) e é natural que, ao fim de alguns anos, não muitos, já não haja prateleira, parede, chão que aguente com as coisas que este consumismo desenfreado vai juntando. Daí surgem duas opções: ou vão colocando as coisas no lixo, à porta de casa (e alguém as recicla), enquanto vão substituindo o espaço deixado vazio por outras da loja da esquina, ou então vão armazenando as coisas nestes cacifos. Estes cacifos estão em prédios de 10/12 andares, com corredores fantásticos como este. Confesso que ao aqui entrar, me veio à memória um filme japonês, que vi há uns anos (não me lembro do nome), em que havia um hotel em que os quartos se resumiam a gavetas, tipo morgue, onde as pessoas só tinham mesmo espaço para estarem a deitadas: mas havia espaço para quase tudo lá dentro!
Os apartamentos aqui são do tipo T (-1) (isto nas situações mais confortáveis) e é natural que, ao fim de alguns anos, não muitos, já não haja prateleira, parede, chão que aguente com as coisas que este consumismo desenfreado vai juntando. Daí surgem duas opções: ou vão colocando as coisas no lixo, à porta de casa (e alguém as recicla), enquanto vão substituindo o espaço deixado vazio por outras da loja da esquina, ou então vão armazenando as coisas nestes cacifos. Estes cacifos estão em prédios de 10/12 andares, com corredores fantásticos como este. Confesso que ao aqui entrar, me veio à memória um filme japonês, que vi há uns anos (não me lembro do nome), em que havia um hotel em que os quartos se resumiam a gavetas, tipo morgue, onde as pessoas só tinham mesmo espaço para estarem a deitadas: mas havia espaço para quase tudo lá dentro!
2 comentários:
Fantástico! É um prédio habitado por memórias!Bocados de vidas pessoais num espaço colectivo!Sem pessoas.
Nunca tinha pensado nisto.Continua a mostrar-me o mundo através dos teus olhos, porque só mesmo tu consegues ir buscar estes 'pequenos'pormenores.Bj
Os japoneses também cabem em todo o lado. Eu também me lembro de umas imagens dessas, num filme qualquer.
Mas lembro-me do "Lost in Translation", da Sofia Coppola, que dá para ver como eles gostam de karaoke (aliás, como a grande maioria dos asiáticos...)
Se ser industrial e tecnologicamente avançado é ficar como os japoneses, então eu prefiro continuar a viver de choques socráticos!
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